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Opinião de quem está na ponta

A reforma do ensino médio é uma questão complexa, que envolve diversos fatores, elementos e personagens. Nesta edição, ouvimos pontos de vista de quem está na ponta, acompanhando a implementação do ensino de música em escolas e salas de aula tanto em escola pública quanto particular. 

Acreditamos que assim é possível vislumbrar como cada um pretende receber e aplicar as mudanças sugeridas pela reforma do ensino médio. Confira!

Ana Cristina de Paula – Coordenadora Pedagógica da Escola de Música e do Curso Técnico em Instrumento Musical  do Colégio Pedro II – Campus Realengo II:

“A Educação Musical está presente no currículo de nossa escola (Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro) desde a Educação Infantil até à 1ª série do Ensino Médio Regular e em 2012 foi implantado o Ensino Médio Integrado/Técnico em Instrumento Musical, dentro da proposta de ensino médio integrado à Educação Profissional.

Além disso, são realizadas pelos professores de música do Colégio Pedro II várias atividades extraclasse, tais como corais, grupos instrumentais e aprendizagem de instrumentos diversos, levando muitos alunos a se interessarem profissionalmente pela música.

A visão da música como área de conhecimento indispensável à formação do estudante não vem sendo alterada no colégio mesmo com todas as mudanças legislativas educacionais ocorridas ao longo do tempo.

O Pedro II teve sempre o seu currículo diferenciado contemplando matérias como desenho, sociologia, filosofia, artes, educação física, música, francês, espanhol, dentre outras matérias de grande importância, que foram se ausentando na formação dos estudantes dentro das escolas brasileiras. A maioria dos professores do Colégio Pedro II além de graduados são mestres, doutores ou pós-doutores. Todos os Campus possuem salas de música e de artes.

O desafio para a implantação do ensino de música hoje nas escolas é perceber  a música como área de conhecimento que está no mesmo patamar de importância das outras áreas, só podendo desenvolver essa área de conhecimento com o aluno o professor especialista nela, ou seja, o professor licenciado.

As reformas educacionais no Brasil não podem ocorrer desligadas dos educadores, sem dialogar com os atores do processo educacional, estudantes, professores, gestores e todos que fazem a escola funcionar . Sem o envolvimento daqueles que realmente atuam no processo educacional, as perspectivas são sempre de insatisfação pelas propostas apresentadas, que na maioria das vezes estão sendo somente impostas”.

Gustavo Destord – Professor de Música no Ensino Médio da Escola Edem – Rio de Janeiro:

“Eu acredito muito no ‘fazer artístico’ dentro de sala de aula: dar aos jovens a oportunidade de se expressar, de criar, de mostrar o que sabem e aprenderam com as aulas e também fora da escola.

Embora tenhamos que seguir os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – que, aliás, ajudaram muito a delinear os conteúdos para o ensino de música – temos espaço para definir o que será ensinado em sala de aula a cada ano. Eu sempre procuro escutar os alunos, entender o que eles querem, saber o que interessa a eles, o que os instiga… E assim temos tido sucesso nesta caminhada.

No meu caso, gosto da prática de bandas, de formar conjuntos musicais onde os alunos tenham uma noção do todo. Cada um vai tocar todos os instrumentos, passar por todas as situações dentro da banda. Normalmente temos voz, baixo, guitarra, bateria e teclado e os jovens aprendem técnicas básicas de cada um ao longo do ano letivo. Isso faz com que aprendam um mínimo, mas de maneira divertida e lúdica mas ao mesmo tempo desafiadora e instigante.

Mas não pense que o conteúdo não está sendo ministrado. Está sim, só que trabalhando também o sentimento de pertencimento, com cada aluno encontrando o ‘seu’ lugar na banda, treinando o ouvido… No final eles são avaliados como em qualquer outra disciplina – na escola a Música tem a mesma carga horário do Inglês, por exemplo. Mas pra mim o que importa é ver como o aluno chegou e como ele saiu. Se ele avançou, se desenvolveu e abraçou o aprendizado, é o que vale.

Sei que aqui trabalho em condições ‘anormais’ pois a escola valoriza muito o ensino de Artes. Tenho, por exemplo, oito estagiários e instrumentos musicais à disposição. Entendo que não é a mesma condição da maioria das escolas brasileiras, infelizmente.

Vejo em muitos pais uma ansiedade enorme em relação ao Enem, em como está a preparação do filho… Sei que a escola está acompanhando de perto a reforma do ensino médio e estou aguardando os desdobramentos que podem ter na sala de aula. Mas creio que –pelo compromisso que eles têm com o ensino da música – a estrutura atual deve ser mantida”.

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