Você é educador ou educadora?
Sim
Não
Vivendo e aprendendo… sempre!
Por Baluarte Cultura*
Existe uma idade ideal para aprender a tocar um instrumento? Se você é daqueles que pensam que apenas os jovens têm esta chance, saiba que você – felizmente – está redondamente enganado.
É possível não apenas retomar o aprendizado daquele amado instrumento que ficou perdido no tempo como – veja só! – começar a tocar um novo, do zero, em qualquer idade. Dos oito aos oitenta, literalmente.
Embora nossa percepção ao longo da produção desta edição da Revista Tuhu tenha sido a de que faltam estudos e pesquisas mais específicas sobre o aprendizado da música na terceira idade, a prática mostra que existe um crescente público acima de 70 anos interessado em (e motivado) em começar a tocar um instrumento musical.
Tanto que não foi difícil conhecer e entrevistar adoráveis aprendizes com mais de 70 anos – pessoas que retomaram a antiga vontade de aprender um instrumento e que hoje se dedicam ao estudo por puro prazer. Os benefícios são evidentes, dizem médicos, educadores, músicos e os próprios alunos.
De melhora na memória e concentração a socialização e aumento da autoestima, não faltam motivos para superar preconceitos e encarar o desafio. E, pelo que pudemos observar em nossos entrevistados, dificuldades e limitações típicas da idade são superadas com muita força de vontade e dedicação.
Nesta edição, tivemos a honra de entrevistar uma das maiores musicistas do País, a flautista Odette Ernest Dias – uma linda senhora que, do alto de seus 86 anos, continua na ativa. Odette viaja o Brasil se apresentando em concertos, lançou o seu último CD há três anos, ensaia todos os dias e nunca deixou de pesquisar novos ritmos e músicas.
O artigo, assinado pelo educador musical e musicoterapeuta José Henrique Nogueira, aborda os benefícios do ensino da música e das sutilezas da bela relação entre professor e aluno – um dos públicos atendidos por ele em seu estúdio no Rio de Janeiro é justamente o de idosos.
E, em nossa reportagem, conversamos com educadores e alunos envolvidos neste belo universo – além de ouvir a opinião médica sobre a prática da música na prevenção de limitações típicas do avanço da idade, como a perda da memória e agilidade nos movimentos.
Nós aprendemos muito produzindo esta edição e temos certeza de que você também vai se surpreender com as possibilidades que se abrem à medida que a idade avança. É só deixar de lado algumas ideias pré-concebidas e entender que a vida é plena de possibilidades, em qualquer idade. Boa leitura!